sábado, abril 26, 2008

Time is running out

(...)
"I wanted freedom
bound and restricted
I tried to give you up
but I'm addicted

now that you know I'm trapped sense of elation
you'd never dream of
breaking this fixation

you will squeeze the life out of me

bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

our time is running out
our time is running out
you can't push it underground
you can't stop it screaming out
how did it come to this? "
(...)

terça-feira, abril 22, 2008

Reflexos de mim


Espelho-me em reflexos de mim
Miro-me em partes, não vejo o todo
Nem é coerente a visão
Se vontade não a há!

Tem-se em repulsa de si
Não se deixa ser amada
Étimo que não se ama ao próprio
E à sua imagem de nojo

Sonega-se em camuflagem
A beleza não a conhece em si
É com defeitos e sem estima

Há profundas marcas deambulantes
Cedo são julgadas por cruéis
O ego não se destrói…não existe!

Tentou uma farsa ilusória
Meu âmago quis ser actor
Mas sem teatro que aplaudisse
Cedo se partiu a mascara
Dado lugar à dor.

Aceitação é minguante!
Escárnio é constante!
Aversão é inata!

Amanhã será esquecimento consciente
Submerso em pensamento presente
Viro o disco e sigo em frente.

domingo, abril 20, 2008


Eu-sou-um-bicho-estranho(ponto).

sexta-feira, abril 18, 2008

Friends


São momentos inexplicáveis.
São respostas intransponíveis.
Reflexões em contextos do ser.
E o querer estar fala comigo.
Fico só e feliz por estarem aqui.
Cheguem mais perto vamos brindar ao agora.
Um segundo e basta. Uma hora. Uma vida.
Somos nós. Pessoas sem nexo.
Risadas fora do padrão normal do sim.
E depois?
Não há ninguém que o queira.
Carpe Diem entre palmas de boémia e festas tingidas.
Serões imensos de medos e dramas.
Um frio na barriga e borboletas no estômago.
Aventuras sem metas traçadas.
Delineamos segredos entre copos estridentes e luzes ofuscadas.
São jogos matreiros e moedas de troca.
Conversas puxadas a um cigarro de baunilha.
Aromatizados pelo chá de menta bebido na esquina do café de sempre.

Somos nós … São-me.

terça-feira, abril 15, 2008

Lisboa


Vejo o quadro da janela
Abre-se o Mundo invertido
De sintonia radiante

Contemplo sem pressa
A paisagem que vislumbro
Como pintura fresca rejuvenescente

Cheguei tarde nos passos do sol
Adormeci incandescente
Com o Tejo a meus pés presente

Voo pela a maresia exalante
Em seu espaço enclausurada
Inspiro a brisa calmante
Que Lisboa é cais de saudade.

A caminho de casa,
Adormeci na tua voz
Cidade cantante do triste fado
Por extensos anos vou estar a teu lado

E não entristeço assim…

segunda-feira, abril 07, 2008

Até amanhã realidade...

Despertei da vida. Olhei em volta, em redor deste ambiente sem futuro. O teu olhar de nojo e as tuas palavras de repulsa acordaram-me do sono profundo. Em ondas cerebrais lentas realizei meu desejo recalcado e apercebi-me que só na imensa embriaguez és realidade. Penso demais, com direcção certa. O caminho do quotidiano torna-se maçador. E já não há forças para percorrer o nosso suposto destino.
Esta é a carta da despedida. Não gosto de desistir sem tentar. Mas o nosso terreno não deu frutos antes se quer de desistir. Em segunda análise deduzo que não fui eu que não tentei. Não tiveste força, ou será que no fundo era vergonha que sentias?
Cada vez mais me convenço disso e não gosto desse teu lado de dupla personalidade.
Fico triste porque à minha acepção a perfeição é te inerente. E talvez essa tua face não corresponda à minha noção de ti. E não quero acreditar. Há quem me afunde no futuro perfeito que têm de nós. Há quem me derrube e diga – És superior. E há quem simplesmente dê a entender que não tenho direito a ti. Porém sempre acreditei que sim. Sempre pensei que podias ser o meu alter-ego, a minha alma gémea. Entendias-me, pensava eu. Mas só eu sabia que sim. Nem tu te tinhas apercebido disso. Eu simplesmente afirmava-o. Gostava de montar o trailler que mais se adequava à situação. Não quis ver que este romance não era só nosso, e as personagens secundárias fomos nós que as compusemos. Criámos intrigas no desenrolar da história. E no clímax da mesma não tivemos um final feliz. Talvez lhe devêssemos chamar Tragédia. Apesar do drama ser unilateral.
Não sei se gostava de ler o teu pensamento, a desilusão poderia ser atroz. Mas provavelmente teria acordado mais cedo. Custa-me de facto acabar assim. Sempre tive dificuldades em disconectar-me do passado. Sempre vivi embalada do lado de lá. E agora escrevo com raiva e repulsa por me teres deixado sem resposta como tantas vezes o fizeste. Quando a raiva passar sei que vou voltar à estaca zero. Sei que vou sofrer por afinal não te mostrar esta carta. E não me convencer que é o fim. E de facto devia sabê-lo. Não sei porque não sei dizer – BASTA! Nestes momentos nem consigo falar. Fico trémula e prefiro não te olhar nos olhos. E a frase – Para com isso – parece já ser uma constante na tua presença.
Afasta-te da realidade, porque só és meu em sonho.

Duas horas da manhã, são horas de voltar para ti.
Até amanhã realidade!

domingo, abril 06, 2008


Posso dar-te a mão?
Deixas-me ajudar-te?
Puxa uma cadeira.
Vamos falar de ti.
De sonhos, de paixões.

O que te faz feliz?
Desabafa, põe-te de fora.
Vê quem te admira.
Manifesta a tua ira.
Podes chorar, chora.

A luta cansa, sabes.
Tu sabes, pensa.
No fim vais aplaudir-te.
Plateias te tocarão.
Sim, tocarás.

Fala-me de música.
De estilos novos.
De sons antigos.
O que te comove?
Sente-o agora.

Ensina-me a ser.
Vê-me a ver-te.
Sai, Aqui.
Eu sigo-te…vai.

Puxa uma cadeira.
Vamos falar de partir…
Podes sonhar, sonha.