segunda-feira, abril 13, 2009


Era tarde e o cansaço apoderava-se dos músculos. Um dia tão breve e ainda assim agitou-lhe o começo de algo que havia ficado pendente.
Tinha decidido não pensar no desafio que a vida lhe chutava, sempre tão omnipresente. Havia um vazio que teimava em não ser preenchido que estava posto em lista de espera.
Foi então que o telefone tocou e a ajuda estava postada no outro lado da linha. Uma gargalhada embalada por uma mão amiga.
Naquele momento, distante da verdade, não se sentiu só. E adorou a protecção que o mesmo nível lhe proporcionava.
O passado que a amedrontava ganhou molde de lembrança risonha. O futuro preferiu deixar pendente como cereja no topo do bolo.
E partiu sem laços, porque tinha o regresso marcado. Pela primeira vez a Liberdade pessoal pareceu-lhe um objecto transportável.
Na viagem correu, parou, esperou, correu, caiu, parou, esperou, correu. Porque sempre que caminhava mais fundo uma nova linha se aproximava.

Soube sempre em que sítios pousar. Mas nunca soube dizer Adeus.

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