quarta-feira, outubro 17, 2007

Desespero

Infernizo-me sem porquês.
Neste tiritar desconcertado.
O caos transporta-me à loucura,
E desfaleço num profundo desespero.

Repetições incrédulas
Negações constantes
O sufoco deixa-me sem ar
E interiorizo o não querer!

Persiste um feedback ruidoso!
O eco é tão exorbitante,
Que me martiriza paulatinamente

Prendem-me as amarras
Que ambiciono libertar.
E porquê?

Por que é tão cara a Liberdade?
Neste mundo de vícios
Não haverá facilidades?

O consumismo é desmedido.
A felicidade é posta à venda.
E a vida? Terá preço?

O fatalismo que me suporta é utópico
A fulcral decisão comprime-me.
O dilema imperial impõe-se.
E eu … abraço-me
Na Esperança de um reconforto
Que por outros me foi roubado.