terça-feira, abril 22, 2008

Reflexos de mim


Espelho-me em reflexos de mim
Miro-me em partes, não vejo o todo
Nem é coerente a visão
Se vontade não a há!

Tem-se em repulsa de si
Não se deixa ser amada
Étimo que não se ama ao próprio
E à sua imagem de nojo

Sonega-se em camuflagem
A beleza não a conhece em si
É com defeitos e sem estima

Há profundas marcas deambulantes
Cedo são julgadas por cruéis
O ego não se destrói…não existe!

Tentou uma farsa ilusória
Meu âmago quis ser actor
Mas sem teatro que aplaudisse
Cedo se partiu a mascara
Dado lugar à dor.

Aceitação é minguante!
Escárnio é constante!
Aversão é inata!

Amanhã será esquecimento consciente
Submerso em pensamento presente
Viro o disco e sigo em frente.

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