Desfalecer sentido...

I
Passam espaços nos relógios
Mas a casa permanece
Uma brisa incandescente aconchega
Fala-me do vento que nos toma
No mesmo luar magistral.
E passo-lhe o dedo no pó.
Há fragmentos de uma história
E uma vã certeza abraçada no tempo.
Sou resgatada para a vida vazia
Sem pegadas na recordação
Porque a chama que foi fogo não se guia
Pelo ritmo desta canção.
Há uma metafísica no ar
Quem irracional se tende a nós?
Ninguém!
Temos um sentido ascendente
A memória não se rende a mim.
O sentimento não cai em falso – a ti.
II
Espreito por cima do ombro
Vejo uma retaguarda apagada
E um lar desfeito nas formas.
As palavras pesam-me
A luz estende-me a mão. Adeus.
3 Comentários:
"Temos um sentido ascendente
A memória não se rende a mim.
O sentimento não cai em falso – a ti."
adorei esta parte!! =)
Parabéns, poeta!
:)
Obrigada, pela invasão!
*
"as palavras pesam", mas estas fazem bem =)
"invade-me" sempre ;)
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial